História de Brasília


A ideia de uma capital no centro de país começou bem antes da construção de Brasília. Tivemos algumas expedições para a região em 1892 para definir um local para abrigar a nova cidade.
Mas, como no Brasil, as coisas acontecem de um jeito “diferente”, esse projeto ficou no “limbo” e só foi retomado na campanha presidencial de Juscelino Kubtcheck.
As obras começaram em 1956 e levaram 4 anos e em torno de 1 bilhão de dólares.


Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, sendo a 3ª capital do Brasil. A partir desta data iniciou-se a transferência dos principais órgãos da Administração Federal para a nova capital com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.

Em 1892, o belga Louis Cruls, assinalou um território no Planalto Central, entre nascentes de rios que seria ideal para a construção do novo centro político.

Também havia a profecia de são João Bosco, apontando para espaço compreendido entre os paralelos 15 e 20 como o lugar do nascimento de uma nova civilização.

O fato é que JK buscava um lugar afastado do Rio de Janeiro e no meio do deserto por motivos geopolíticos:
  • a capital não estaria tão vulnerável em caso de guerra,
  • a pressão popular sobre o governo seria menor,
  • a nova capital iria contribuir para a ocupação do interior brasileiro.

Desta maneira, a construção de Brasília estava integrada no Plano de Metas proposto pelo presidente durante a campanha eleitoral.


Muito embora a constituição de 1934 previsse a interiorização da capital federal e ordenasse que, “concluídos os estudos, serão apresentados à Câmara dos Deputados, a qual tomará, sem perda de tempo, as providencias necessárias à mudança”, sobreveio a carta constitucional de 1937 e foram esquecidos tais propósitos. Reapareceu o mesmo texto no art. 4 das disposições transitórias da constituição de 1946, motivando a comissão chefiada pelo engenheiro Poli Coelho, que reconheceu a excelência do local já preconizado.

Outra comissão, constituída em 1953 e presidida (em 1954) pelo general José Pessoa, completando os estudos já realizados, delineou a área de futura capital entre os rios Preto e Descoberto, e os paralelos 15o30′ e 16o03′, abrangendo parte do território de três municípios goianos (Planaltina, Luziânia e Formosa), o que foi aprovado.

Em 09 de dezembro de 1955, o presidente da Repúbica em exercício, Nereu Ramos, através do decreto n.38.261 transforma a Comissão de Localização da Nova Capital do Brasil, em Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal, da qual foi presidente, de maio a setembro de 1956, o doutor Ernesto Silva, que, a 19 de setembro, lançou o concurso nacional do Plano Piloto de Brasília.


Em Jataí, no início de sua campanha eleitoral, Juscelino Kubitschek de Oliveira fora interpelado sobre o assunto da mudança da capital por um popular.

Respondera que a mudança era obrigação constitucional e daria os primeiros passos para sua efetivação.Eleito presidente da república, logo após sua posse, em janeiro de 1956, afirmou o seu empenho “de fazer descer do plano dos sonhos a realidade de Brasília”; Em 12 de março de 1957, instalou-se a Comissão julgadora do Concurso Público para a escolha do Plano Piloto da cidade de Brasília.

O arquiteto Oscar Niemeyer foi escolhido para chefia do Departamento de Urbanística e Arquitetura, sendo encarregado de abrir concurso para escolha do plano-piloto; assim, em março de 1957, uma comissão julgadora constituída por sir William Halford, Stano Papadaki, André Sive, Oscar Niemeyer, Luís Hildebrando Horta Barbosa e Paulo Antunes Ribeiro escolheu o projeto do arquiteto Lúcio Costa.

No dia 2 de outubro de 1956, em campo aberto, o presidente Kubitschek assinou o primeiro ato no local da futura capital, lançou então a seguinte proclamação: “Deste planalto central desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.”

No mesmo ano iniciaram-se os trabalhos de construção. Formou-se o Núcleo Bandeirante, onde se permitia maior liberdade à iniciativa particular e foi batizado com o nome de “Cidade Livre”. Especialmente do Nordeste, Minas Gerais e Goiás, principiaram chegar levas de trabalhadores. Os primeiros candangos.


Brasília é formada pela Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Garagens e Oficinas, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de áreas Isoladas Norte e sedia os três poderes da República Federativa do Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Segundo o geógrafo Aldo Paviani, Brasília é constituída por toda a área urbana do Distrito Federal, e não apenas a parte tombada pela UNESCO ou a região central, pois a cidade é polinucleada, constituída pelas várias regiões administrativas, sendo uma delas o Plano Piloto, de modo que as regiões periféricas, como Ceilândia e Gama, entre outras, estão articuladas às centrais, especialmente na questão do emprego, e não podem ser entendidas como cidades autônomas.

Brasiliense é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. Candango é o termo dado a quem vive em Brasília, mas não nasceu na cidade. Atualmente também tem sido utilizado por alguns brasilienses para se identificarem. De origem africana, Candango significa “ordinário”, “ruim”, e era a denominação que se dava aos trabalhadores que participaram da construção de Brasília.



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