Inaugurado em 12 de outubro de 1808, um dos propósitos da criação do Banco do Brasil era responder à crescente demanda por capital que a intensificação do comércio passava a exigir após a abertura dos portos às nações amigas. O Banco do Brasil foi o primeiro passo para instituir um sistema financeiro no país e estabelecer condições monetárias e de crédito para o desenvolvimento do comércio.
Com a sua primeira agência instalada em prédio da antiga Rua Direita, esquina com a São Pedro, edificação e logradouro desaparecidos com a abertura da Avenida Presidente Vargas no início de 1940, no Rio de Janeiro, o BB tornou-se, à época, o quarto banco emissor de moeda no mundo, depois do Banco da Suécia (1656), da Inglaterra (1694) e da França (1700).
Inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação ao Edifício Tancredo Neves, o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi criado com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da Capital.
O edifício Presidente Tancredo Neves, faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.
O CCBB Brasília possui compromisso com a acessibilidade e inclusão em todas as suas acepções. Os espaços foram projetados para garantir o acesso aos portadores de necessidades especiais. A acessibilidade e pluralidade cultural também são materializadas na diversidade da programação com música, artes plásticas, cinema, teatro, dança e educação, nas entradas gratuitas ou com ingresso a preço reduzido, promocional e com descontos. Toda ação busca contemplar o maior número possível de pessoas de todas as idades e classes sociais , bem como o reconhecimento de artistas renomados e a valorização dos artistas locais.
Só em 2019 o CCBB Brasília contou com mais de 1 milhão de visitantes, e hoje faz parte do roteiro de grandes produções culturais, se tornando-se a terceira instituição cultural mais visitada no país e uma das quarenta mais visitadas no mundo, segundo ranking da publicação The Art Newspaper, de abril de 2014.
Atualmente é reconhecido no cenário Turismo-Cultura como um dos principais e mais importantes pontos culturais de Brasília, pela intensa, diversificada, acessível e inclusiva programação de projetos de culturais, além de gerar empregos diretos e indiretos e realizar ações sociais e de inclusão.
ESPAÇOS
Sala de cinema, teatro, galerias, praça, espaços de convivência e jardins formam o conjunto de ferramentas dinâmicas e personalizáveis para a elaboração de programação, e realização de projetos de diferentes origens e formatos de montagem.
CINEMA
O cinema já recebeu inúmeras mostras desde sua inauguração, com a exibição de filmes em parceria com Embaixadas, festivais mundiais de animação, como o Anima Mundi, e cinema independente, a exemplo da Mostra de Filmes Livre. Grandes nomes do cinema mundial também já estiveram nas telas do cinema do CCBB, como Stephen King, Estúdios Ghibli, Scorsese, Vera Chytilová, Spike lee, Tim Burton e outros. A sala também tem estrutura para a realização de encontros, debates, palestras e entrevistas com convidados.
TEATRO
Palco para grupos de teatro de ampla notoriedade e também iniciantes, o Teatro do CCBB tem na memória a passagem de grandes equipes técnicas, diretores e artistas, que marcaram presença por meio de festivais, peças, musicais, debates e palestras.
ARTES PLÁSTICAS
As galerias e espaços expositivos são amplos e possuem característi- cas que podem ser personalizadas de acordo com cada exposição idealizada para o local, dispondo de três galerias, de um pavilhão de vidro e das áreas externas do prédio. As galerias são amplas, climatizadas e possuem o diferencial de interligação por passarelas, o que oferece a possibilidade de conexão entre as obras exibidas em cada uma delas, facilitando a contextualização de um roteiro que as integre de acordo com história ou tema do projeto.
O pavilhão de vidro é uma obra de concepção singular e proporciona vista privilegiada para a Ponte JK, um dos monumentos mais bonitos de Brasília. Como uma grande e imponente caixa de vidro, possui visibilidade externa e interna em todas as suas faces. Essa característica permite que a grande estrutura se destaque nos jardins do CCBB, pois torna possível montagens expositivas de todo porte, com visibilidade para quem estiver dentro e fora do Pavilhão. Neste espaço singular, já foram realizados, também, coquetéis e outros tipos de intervenções artísticas e eventos.
MUSEU BB
Inaugurado em outubro de 2016, o Museu Banco do Brasil se torna um importante espaço no cenário cultural de Brasília. Sua exposição permanente “Acervos do Brasil” traduz a importância de apresentar ao público momentos históricos da economia brasileira e reúne importantes obras de arte de diferentes épocas do país. Nela, o visitante é surpreendido com a reunião inédita de quadros, esculturas e também de itens que contam parte da história da economia do país.
Após pesquisas e um verdadeiro garimpo por dependências de todo o Brasil, foram trazidas 76 obras de artistas como Di Cavalcanti, Tomie Ohtake, Carlos Scliar, Athos Bulcão e Burle Marx, além de itens ligados ao exercício da atividade bancária como documentos de valor histórico, moedas, equipamentos, objetos e mobiliário.
O espaço de mais de 6 mil m2 conta com um elegante hall para recepcionar seus visitantes, incluindo um charmoso café onde as pessoas poderão terminar sua visita apreciando a vista de um dos pontos turísticos mais emblemáticos de Brasília.
JARDINS
A área externa é composta por grandes jardins, divididos em dois platôs. São espaços ao ar livre, abertos, ventilados, ornados com árvores nativas do cerrado, e de uma vista primorosa que servem de cenário para meditação, prática de yoga, recreação, shows e intervenções artísticas e é onde se encontram também as exposições e instalações permanentes do CCBB. Os jardins do CCBB já acolheram projetos nascidos e reconhecidos como Picnik; além de shows, apresentações de orquestras, festival em formato Drive-in e festivais de cinema aberto.
Fonte: CCBB