Tempo chuvoso é propício para proliferação de caramujos

Sempre que chove, a grama cresce, o número de insetos aumenta e, onde há infestação de caramujos africanos, eles aparecem. Aqui em Brasília, eles já foram vistos em Águas Claras, Park Way e Guará.

O caramujo africano é um animal exótico, introduzido no Brasil na década de 80, tornando-se uma praga no meio ambiente por não haver predador natural para controlar sua população. Cada indivíduo pode colocar 400 ovos a cada postura, mas se locomovem e procriam em períodos de chuva.

Por isso, a orientação do Ministério da saúde para as pessoas que moram ou trabalham em locais com quintais é sempre manter esses ambientes limpos e capinados.

Os biólogos explicam que as solicitações de apoio da equipe no combate aos caramujos são feitas por meio do 156. Esses pedidos aumentam muito no período de chuva.

Como essa é uma espécie exótica no nosso ambiente, precisamos monitorar os locais onde esses moluscos aparecem e orientar os moradores a prevenir o retorno desses caramujos após a visita da equipe técnica.

Prevenção

Medidas simples podem colaborar na redução da população de animais sinantrópicos, tais como esses moluscos:

  • Manter o jardim, quintal e áreas verdes limpos e capinados, descartando resto de obra, entulho, pedras e acúmulo de material orgânico (capim, folhas e galhos), pois são esconderijos ideais para os moluscos;
  • Não lançar os caramujos em terrenos baldios, na rua ou diretamente no lixo, o que proporcionará um incremento na proliferação dessa praga urbana em outros locais;
  • Não esmagar os caramujos no local, o que promove exposição, apodrecimento de sua carne e acúmulo de moscas, baratas e roedores, com consequente produção de odor;

Orientações quanto à catação manual do caramujo africano:

  • Realizar catação manual dos caramujos nos quintais sempre com mãos protegidas por luvas ou sacolas plásticas;
  • Quebrar as cascas antes da incineração dentro de um balde, com um cabo de madeira de ponta quadrada, evitando que se tornem reservatórios de água para mosquitos e outros organismos;
  • Incinerá-los completamente com muito cuidado utilizando um copo de álcool e longe de crianças. De preferência, uma única pessoa deve executar o procedimento nessa sequência: utilizar uma lata perfurada com pequenos furos ao fundo cobertos por um pano, visto que os caramujos soltam grande quantidade de água quando incinerados, o que acaba por apagar o fogo;
  • Após a queima, dispor o resto no lixo comum;
  • Fazer busca diária no terreno para verificar se não há outros locais onde existam moluscos;

O monitoramento do local precisa ser diário num primeiro momento, visto que cada postura dos caramujos pode conter centenas de ovos, que podem eclodir depois e infestar o ambiente local novamente, sempre que chover, estiver úmido ou nublado;

Não é recomendado o uso do sal para controle dos caramujos.


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