Os primeiros habitantes da região eram os índios caiapó e xavante. “Em meio à aridez do sertão, esses índios viviam pacificamente. Como todos os nativos, andavam nus, alimentavam-se da pesca e caça, cultivavam, fabricavam suas armas, cerâmicas, instrumentos musicais e trabalhos com fibras vegetais. Acreditavam no seu deus e para ele dançavam e cantavam” (ELIAS,1994. In: “Caldas Novas Ontem e Hoje”).
Caldas Novas pertencia a Capitania de São Paulo, quando Brasil era colônia de Portugal.
Em 1722, época do descobrimento das águas termais de Caldas Novas, o governo português, ávido pelas nossas riquezas minerais, guardou-as para futuras explorações.
Todavia a exploração seguia com o passar dos anos. Bartolomeu Bueno Filho, filho de Anhanguera, por aqui andou. Depois Martinho Coelho, procedente de Santa Luzia (hoje Santa Cruz) considerada a primeira capital de Goiás, que a denominou de Caldas Novas de Santa Cruz.
Finalmente, na parte oriental da Serra de Caldas, as fontes termais de Caldas Novas viraram história.
Uma história com seus lances de lenda, coragem e perseverança. Conta-se que Martinho Coelho de Siqueira, numa de suas conhecidas caçadas de animais silvestres, sentiu de perto a agonia dos seus cães.
Em desabalada carreira eles passaram á sua frente como que atiçado por um fogo desconhecido, sendo descoberto a Lagoa Quente do Pirapitinga.
Nascia aí a primeira história das águas quentes de Caldas Novas, história de um arraial que virou cidade. E hoje é a capital mundial das águas quentes.
Emancipação
Liderados por Bento de Godoy vieram Orcalino Santos, Victor Ozeda Alla, João Batista da Cunha e outros. Eles chegaram à pequena vila que já começava a virar cidade a partir de 1900. A autonomia política, concedida a Caldas Novas, deu-se graças à solicitação destes à sede de Morrinhos.
Em 1911, por ordem de presidente do Estado, Urbano Gouveia, no dia 5 de julho nomeou Bento de Godoy como presidente da primeira intendência que foi instalada no dia 21 de Outubro. Desde então, nesta data se comemora o aniversário de Caldas Novas.
Foi durante sua administração (1911 a 1915) que Caldas Novas tomou um novo impulso para o desenvolvimento.
A cidade crescia, graças à dedicação e grande força de vontade de: Bento de Godoy, Orcalino Santos, Victor de Ozeda Allá, João Batista da Cunha, Joaquim Rodrigues da Cunha, José Teófilo de Godoy, Orcalino Costa, Josino Ferreira Brettas, Modesto Pires do Oriente, Joaquim Gonzaga Menezes, Luiz Gonzaga de Menezes, Orosimbo Correia Neto, Olegário Pinto, Orlando Rodrigues da Cunha (Mestre Orlando), Oscar Santos e Celso Godoy.
Além de muitos e muitos outros, são nomes que a história de Caldas Novas reverencia hoje e jamais as esquecerá.
Aniversário de Caldas Novas
O aniversário de Caldas Novas é comemorado no dia 21 de outubro, data na qual, há 86 anos, ocorreu a sua emancipação política. No inicio da sua história, Caldas Novas foi subordinada à Santa Cruz de Goiás e mais tarde a Morrinhos. Em 1911, sob a liderança do coronel Bento de Godoy, de Orcalino Santos, Juca de Godoy, Victor Ala, Josino Brettas, Orlando Rodrigues da Cunha e outros, é iniciado um movimento político da população, que culmina com a emancipação de Caldas Novas. O então presidente do Estado (cargo que atualmente é denominado governador), Urbano Gouveia, nomeia Bento de Godoy como 1º Intendente de Caldas Novas, designação que no princípio do século se dava aos chefes do poder executivo municipal, os atuais prefeitos. Em 1915, são feitas as primeiras eleições municipais e, através de subscrição popular, é adquirido um casarão no largo da Matriz para abrigar os poderes executivo e legislativo. Mais tarde este prédio foi demolido e, em seu lugar, em 1960, foi construído o Cine-Teatro Caldas Novas, até os dias de hoje de propriedade da Prefeitura Municipal.
Em 1923, na administração de Juca de Godoy, Caldas Novas é elevada da categoria de vila para a de cidade, quando então é iniciado um novo surto de progresso. Na verdade, a autonomia política de Caldas Novas foi conquistada no dia 5 de julho de 1911, mas somente no dia 21 de outubro é que foi instalada a Primeira Intendência. Desde então, nesta data se comemora o aniversário de Caldas Novas.
Caldas Novas Hoje
Com uma completa infraestrutura de hotelaria, bares, restaurantes e campings, Caldas Novas é um verdadeiro oásis de atrações no interior do Brasil. Além do Aeroporto, Caldas Novas é interligada por via asfáltica a todos os pontos do Brasil.
Segundo maior mercado imobiliário de Goiás, com aproximadamente 10.000 unidades habitacionais construídas e centenas de outras em construção, visando atender à grande demanda de turistas em função das opções de lucro: lazer e renda mensal em investimento. A cidade possui a maior rede de hotéis de lazer de interior brasileiro. São dezenas de dezenas de hotéis, pousadas e privês, oferecendo milhares de leitos, moldada para atender os turistas com eficiência e bons serviços de hotelaria. O parque aquático termal de Caldas Novas, considerado hoje o maior do mundo, é distribuído em vários pontos da cidade, proporcionando piscinas com temperaturas que variam de 30 a 51 graus centígrados.
A Urbanização de Caldas Novas
Os anos que vão de 1909 a 1923 foram os mais importantes da história de Caldas. Entre 1909 e 1910, o coronel Bento aprovou o projeto de Juca de Godoy para urbanizar a currutela que Caldas representava na época. Com o auxílio do teodolito, Juca implantou o traçado urbano generoso e amplo (o mesmo que existe no centro de Caldas até hoje), retificando e alargando as ruas, criando praças e preparando a vila que, em 1911, tornou-se sede do município de Caldas Novas.
Do descobrimento das águas
Na verdade, a história de Caldas Novas começa bem antes da saga do coronel Bento de Godoy. Diz a tradição que um dos grupos exploratórios da bandeira de Bartolomeu Bueno, na rota que seguiu entre o sítio do Catalão e as margens da Lagoa Feia, localizou as águas quentes pela primeira vez.
Segundo Juca de Godoy, o grupo designado para explorar o maciço tocou pela esquerda do rio Corumbá na direção Norte, tendo cruzado o rio abaixo da barra do Pirapitinga. O lugar ainda hoje tem o nome de Porto do Fundão, dado por eles por causa da furna em que o rio corre.
Enquanto tentavam achar ouro na costa ocidental da serra, os bandeirantes encontraram as fontes, que formavam um ribeirão repleto de cachoeiras e em cujas margens assentaram seu primeiro arranchamento. O local é muito próximo de onde está estabelecida hoje a Pousada do Rio Quente.
A descoberta estimulou novas explorações no leito dos córregos. Não demorou muito e a planície revelou outras fontes termais, menos abundantes, mas de temperatura mais alta. E para diferenciar os dois sítios, o da encosta da Serra e o da planície, deram-lhes os nomes de Caldas Velhas e Caldas Novas.
Por volta do ano de 1770, o minerador Martinho Coelho de Siqueira tomou conhecimento do ouro encontrado nas encostas da Serra, no local que ficara conhecido como as Águas Santas de Santa Cruz. Ele deixou Santa Luzia (hoje Luziânia) e se transferiu para o local com parentes, agregados, escravos e tudo o que tinha.
Igreja Matriz
Construída em 1850, a Igreja de Nossa Senhora das Dores é considerada a construção mais antiga de Caldas Novas. Localizada no Centro da cidade, a Igreja Matriz, mesmo tendo passado por reformas, ainda retrata em suas paredes e colunas de madeira, um pouco da cidade que ainda era intendência e que já mostrava traços de prosperidade.
15 setembro – Dia dedicado a Nossa Senhora das Dores. A imagem de Nossa Senhora sendo trespassada no alto do calvário, por uma espada de dor, é motivo de devoção muito antiga.
A devoção às dores de Maria tem um fundamento bíblico nas palavras proféticas do Velho Simeão: “Tua alma será atravessada por uma lança”.
Aliás, o próprio Evangelho põe em evidência a presença de Maria ao pé da cruz: “Junto à cruz de Jesus estava de pé sua Mãe”.
A presença de Maria era uma presença de solidariedade nas dores do Filho com nossa redenção. A festa põe em destaque a participação ativa de Maria nos sofrimentos redutivos de Cristo. Ela nos faz também compreender a necessidade de unir nossos sofrimentos aos de Cristo.
A História da Ponte
O Sonho de ter uma Ponte
Construir uma ponte sobre o rio Corumbá, abrindo o trânsito do sul de Goiás para a capital e, na direção contrária, criando um corredor para escoamento da produção, era um sonho acalentado por várias comunidades durante toda a segunda metade do século 19. Em Santa Cruz existiu até uma associação pela construção da ponte.
A Ponte de Madeira
Em 1909, o fazendeiro Joaquim de Deus Passos, o Quincão, que tinha propriedade às margens do Corumbá, havia conseguido a concessão do governo e construído uma ponte de madeira. Para grande frustração de todos, a ponte foi levada pela cheia do Corumbá em 1910, um ano depois de entrar em funcionamento. Mas os benefícios obtidos nesse curto espaço de tempo foram suficientes para que produtores e população em geral tivessem a certeza de que a ponte era a solução para o progresso local.
Ferrovia
A Ferrovia chega a Ipameri
Em 1913, a ferrovia saltou o Paranaíba e reforçou a importância de uma ponte que permitisse a construção de uma estrada de rodagem ligando Caldas Novas a Ipameri. A possibilidade concreta disso se tornar realidade começou a ser articulada em julho desse ano, com a posse do governador Olegário Pinto.
O então prefeito de Caldas, coronel Bento de Godoy, adquiriu duas diligências para serem colocadas numa linha de Caldas a Ipameri: uma até o rio Corumbá e a outra, da margem oposta até Ipameri. Finalmente, em 1918, o coronel Bento conseguiu do presidente João Alves de Castro a concessão para exploração dos serviços da ponte. Em troca do pedágio, Bento de Godoy arcou com os duzentos e oitenta contos de réis que a ponte custou.
Fonte: Imóveis Caldas Novas