José Bonifácio de Andrada e Silva, quem foi ele?

O estadista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva ficou conhecido como o “Patriarca da Independência”. Nascido em Santos, em 1763, Andrada estudou filosofia, leis, filosofia natural e matemática na Universidade de Coimbra, em Portugal. Voltou ao Brasil em 1819. Três anos depois, foi eleito vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. Próximo de Dom. Pedro, teve papel decisivo ao aconselhar o futuro imperador a não voltar para Portugal e a proclamar a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. Tornou-se ministro do Império, mas divergências com D. Pedro I o levaram a deixar o governo e assumir papel de oposição na Assembleia Constituinte. Quando D. Pedro I dissolveu a Assembleia, Andrada foi preso e deportado. Exilado na França, retornou em 1831. Nomeado tutor de D. Pedro II, então com cinco anos, foi afastado do cargo pelo Senado e preso como subversivo, em 1833. Absolvido, morreu em Niterói (RJ), em 1838.

Pintor, desenhista, ceramista, ilustrador, historiador e professor, José Wasth Rodrigues nasceu na cidade de São Paulo em 1891. Estudou com o pintor Oscar Pereira da Silva. Em 1910, foi à França estudar artes plásticas como pensionista do governo do Estado. Voltou ao Brasil quatro anos depois e inaugurou um curso de desenho e pintura. É considerado um dos pioneiros na análise sistemática das atividades artísticas do período colonial. Fez retratos de personagens históricos e pintou diversas vistas da cidade de São Paulo, com base em desenhos e aquarelas realizados por viajantes do século XIX. Ilustrou livros de autores como Monteiro Lobato e Alcântara Machado. Também se destacou na pintura sobre azulejos, que realizou no obelisco do largo da Memória, em São Paulo, e nos monumentos existentes no Caminho do Mar, estrada tradicional entre Santos e São Paulo. Criou o brasão da cidade de São Paulo, em 1917, com o poeta Guilherme de Almeida, e também o do Estado, em 1932. Morreu em 1957, no Rio de Janeiro.

Em 1823, José Bonifácio de Andrade e Silva, o Patriarca da Independência, propôs a criação de uma nova capital no interior do Brasil (sugerindo o nome Brasília), longe dos portos para garantir a segurança do país.

A vocação mística de Brasília se inicia quando é incorporada à sua história o sonho de Dom Bosco. O Santo Italiano sonhou com uma depressão bastante larga e comprida, partindo de um ponto onde se formava um grande lago, entre os paralelos 15º e 20º, e que repetidamente uma voz lhe dizia que '...quando vierem escavar as minas ocultas, no meio destas montanhas, surgirá aqui a terra prometida, vertendo leite e mel. Será uma riqueza inconcebível...'

No ano de 1892, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luiz Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano.

Somente em 1955 foi delimitada uma área de 50 mil quilômetro quadrados – onde localiza-se o atual Distrito Federal. A construção da nova capital teve início em abril de 1956, no comando do então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, com a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (NOVACAP) e o projeto de lei 2.874, o governo lançou o edital do Concurso Público para a construção do Plano Piloto. Lúcio Costa foi o vencedor do projeto urbanístico (que partiu do traçado de dois eixos cruzando em ângulo reto como o sinal da cruz. Um destes eixos leva às áreas residenciais, sendo levemente inclinado, dando à cruz a forma de um avião; o outro denominado Monumental, com 16 Km de extensão, abriga os prédios públicos e os palácios do Governo Federal no lado leste; no centro a rodoviária e a torre de TV e no lado oeste os prédios do Governo do Distrito Federal) e Oscar Niemeyer o autor dos principais projetos arquitetônicos da cidade.

No dia 21 de abril de 1960, a estrutura básica da cidade está edificada e Brasília então é inaugurada. Os candangos (nome dado aos primeiros habitantes da nova cidade) comemoram ao lado de Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro, Lúcio Costa e Juscelino Kubitschek, os principais responsáveis pela construção de Brasília.


Fonte: IBGE e Câmara Municipal de São Paulo