Era um sonho do saudoso fundador da Legião da Boa Vontade (LBV), Alziro Zarur (1914-1979). Em vida, o famoso jornalista, radialista e poeta carioca anunciou o elevado propósito de construir o Templo da Boa Vontade (TBV) na capital do Brasil. José de Paiva Netto, seu fiel sucessor, não mediu esforços para concretizar esse ideal. Em 1985, durante memorável congresso legionário em Belo Horizonte/MG, ele convocou o povo, que atendeu ao chamado. “Promessa que o nosso amigo (Zarur) fez é uma promessa nossa. Ele disse que a LBV daria ao Brasil um templo onde as pessoas realmente confraternizariam. Para construí-lo, nossa principal ferramenta será a Fé Realizante, e essa Fé os legionários, principalmente as mulheres, têm sobejamente...”, afirmou Paiva Netto.
Assim, o TBV foi construído em Brasília — uma verdadeira homenagem a todos os brasileiros e um presente a peregrinos do mundo inteiro. E, por tratar-se de um templo místico, tem grande afinidade com a mística dessa cidade erguida no Planalto Central, que surgira em sonho profético do padre italiano Dom Bosco (1815-1888). O famoso Taumaturgo de Turim, em 30 de agosto de 1883, sonhou que “entre os paralelos de 15º e 20º havia um leito muito largo e muito extenso que partia de um ponto onde se formava um lago. Então uma voz disse repetidamente: ‘Quando escavarem as minas escondidas no meio destes montes aparecerá, aqui, a terra prometida onde correrá leite e mel. Será uma riqueza inconcebível’”.
Por isso, o fato de o Templo da Boa Vontade ser o monumento mais visitado da cidade, conforme dados oficiais da Secretaria de Estado de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), está em sintonia com o que representa a capital brasileira. Desde seus traços originais, acolheu pessoas que vieram de várias partes do Brasil e também do exterior para construir e consolidar uma cidade moderna. E, hoje, todos estes — sem distinção — encontram no TBV o teto sobre o qual podem buscar forças para enfrentar os desafios da jornada.
Fonte: Brasília Web