A Fundação Brasileira de Teatro, uma das mais antigas fundações da área artística, foi instituída em 7 de julho de 1955, no Rio de Janeiro, antigo Estado da Guanabara. Depois de 17 anos de funcionamento naquela cidade, transferiu sua sede para Brasília, onde se encontra até o presente momento. Assim como a faculdade, sua criação foi um empreendimento de Dulcina e de seu marido, o também ator Odilon Azevedo.
À frente de seu tempo, Dulcina mantinha especial preocupação com a formação e profissionalização dos artistas. Em 1955 realizou o primeiro Congresso de Ensino de Teatro, com importantes nomes de nossa cultura. No ano seguinte solicitou ao Ministério da Educação e da Cultura autorização para funcionamento da Academia de Teatro, que tinha como objetivos promover a formação, a especialização e aperfeiçoamento do pessoal de teatro, em todas as suas modalidades funcionais, e constituir um centro de estudos e de divulgação da cultura teatral brasileira. Em 1956, ainda na cidade do Rio de Janeiro, a Academia passa a oferecer os cursos de formação do ator, formação de diretor cênico, de cenógrafos, de crítico de arte e de escritor teatral, ao lado de cursos de aperfeiçoamento, especialização, além dos cursos avulsos e de extensão cultural.
A partir dessa experiência de formação profissionalizante, a atriz construiu a proposta de criação da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, posteriormente inaugurada em Brasília, e que tinha, na sua origem, os seguintes princípios:
"Essa faculdade, em seu planejamento, não será uma Escola que padronize estilos interpretativos – escola de virtuosismos e técnicas apenas. É uma escola que, através de seus cursos de cultura e de formação estético-filosófica, tem como objetivo colocar o aluno em conhecimento e harmonia com todas as artes, educando-lhe o sentido do Belo e, consequentemente, aperfeiçoando-lhe o espírito para um conceito mais alto e mais puro da existência humana."
Texto extraído do programa do espetáculo “Mulheres”, encenado em Brasília, em 1982
Dulcina de Moraes |
Em 07 de março de 1982 (Processo nº 11.581/7), o Conselho Federal de Educação aprovou o Projeto da FBT para a criação da Faculdade de Artes, com os cursos de Licenciatura em Educação Artística (120 vagas), Bacharelado em Artes Cênicas (80 vagas) e Bacharelado em Música (80 vagas). Assim, os cursos ofereceriam um total de 208 vagas ao ano. Inicialmente denominada Faculdade de Artes, a instituição se transformaria, no ano seguinte, com a aprovação do MEC, em Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.
Na entrada do imponente edifício, um foyer para eventos e exposições de artes visuais A área destinada à parte administrativa e à Faculdade de Artes possui cinco pavimentos com salas de aula, estúdio de dança, ateliês diversos, centro de convivência e biblioteca. No subsolo, há estúdios fotográficos, laboratório de revelação analógica, marcenaria, estúdios de áudio e vídeo a sala Conchita de Moraes – um teatro de bolso de 60 lugares onde os estudantes podem ter o primeiro contato com o palco.
Fonte: Dulcina de Moraes Faculdade de Artes