Saiba mais sobre a Matriz de Sant’Ana de Anápolis

Antiga Matriz de Sant’Ana, Anápolis

A Igreja de Sant’Anna, Catedral da Cidade de Goiás, teve sua construção iniciada em 1743 por determinação do ouvidor geral Manoel Antunes da Fonseca. Após várias demolições e reconstruções, no decorrer dos séculos XVIII e XIX, recebeu em 1929 um projeto elaborado pelo arquiteto carioca Gatão Bahiana. Curiosamente, devido a grande dimensão do projeto e a grave crise financeira que a cidade passou durante o século XX, a obra jamais foi concluída, co destaque para as duas torres da fachada. Foi aberta ao público em 1967, quando recebeu acabamento e vitrais nas janelas, se tornando a maior igreja do centro histórico.

Os primeiros missionários que chegaram às terras dos Goiá ou Goyazes, entre os rios Tocantins e Araguaia, foi o Frei Cristóvão e seus confrades capuchinhos. Iniciaram a “jornada franciscana” em agosto de 1625 e permaneceram por sete meses evangelizando nas margens do caudaloso rio Tocantins.

As primeiras décadas do século XX, em Goiás são marcadas por intensas mudanças socioeconômicas que pautavam-se em ideais de “avanço e progresso”. A população urbana começava a crescer e novas cidades surgiam, sobretudo depois da chegada da estrada de ferro no Estado em 1913. Os meios de comunicação se intensificam e ganhavam maior voz. Enfim, percebe-se nesse período, a transição de uma sociedade rural para a urbana. Essa transição também trouxe impactos para a Igreja, que se deparou com a demanda por mais sacerdotes e paróquias.


Atual Matriz de Sant’Ana

Anápolis tem suas raízes na Fazenda das Antas, local de pouso de tropas onde chegou a comitiva de dona Ana das Dores de Almeida e de seu filho Gomes de Souza Ramos, considerado fundador da cidade. Os relatos de época afirmam que, ao refugar e extraviar-se no meio da mata uma das mulas da tropa de dona Ana deixou a canastra que continha a imagem de Sant’Ana cair no chão. Ao tentar recolocá-la sobre o animal, os peões se espantaram, pois, tomada de uma peso enorme, a caixa não saía do lugar. Dona Ana notou que aquela caixa era justamente a que continha a imagem de Sant’Ana. Considerou isso como desejo da santa ficar naquele local. Em tom de profecia, teria exclamado: “Será a padroeira de uma grande cidade, sede de um rico e fértil município, cujo povo há de ser por ela abençoado!”. Dona Ana, então, prometeu doar a imagem à primeira capela que se construísse na fazenda, no que, de imediato, a caixa voltou ao peso normal e pôde ser recolocada no lombo do animal.

Oficialmente, o projeto de criação da Diocese de Anápolis foi mencionado, pela primeira vez, por Dom Antônio Ribeiro de Oliveira, então Bispo Auxiliar de Goiânia, em visita pastoral à Anápolis no ano de 1964. Aos fiéis foram pedidas orações e uma preparação para este grande momento de graça. No ano seguinte, em meio a um intervalo das sessões do Concílio Vaticano II, o Arcebispo de Goiânia, Dom Fernando Gomes dos Santos proferiu algumas conferências sobre a criação da Diocese. O Arcebispo explicava aos sacerdotes, religiosos e leigos presentes a forma como se daria a preparação para que a cidade pudesse sediar a nova Diocese.


Fonte: Diocese de Anápolis