Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o cerrado ocupa mais de 20% do território nacional, o que corresponde a uma área de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados. É não só o segundo maior bioma do Brasil, como também o segundo maior bioma da América do Sul. Nos dois cenários, perde apenas para a Floresta Amazônica.
A localização do cerrado se encontra em uma zona de clima tropical sazonal de inverno seco, muito semelhante ao que se observa na África (e, muito por isso, a denominação de savana brasileira). Esse tipo de clima é caracterizado por ser quente e com pouca incidência de ventos.
Sua temperatura média oscila entre os 21 e os 27ºC, atingindo picos de 40ºC na primavera. Em maio, junho e julho, as mínimas ficam próximas aos 10ºC. O bioma cerrado está inserido em um contexto de boa definição climática e regime de chuvas. Isso significa que, de modo geral, o clima do cerrado apresenta inverno seco e frio e verão quente e úmido.
Como citamos antes, a vegetação do cerrado não tem uma característica única, variando de acordo com a altitude, tipo de solo, relevo e até mesmo a interferência humana e o regime de chuvas e de queimadas. Muito diversificada, apresenta de campos abertos até densas formas florestais.
A diversidade também está na quantidade de espécies encontradas no cerrado. São mais de 11 mil plantas nativas, quase 200 espécies de mamíferos, mais de 800 de aves. Além disso, apresenta 1.200 espécies de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios.
A flora do cerrado também não fica para trás. São mais de 10 mil espécies diferentes de plantas, sendo que muitas outras ainda não foram catalogadas. Apresenta uma grande diversidade de aspectos visuais, podendo ir de campos abertos, sem árvores ou arbustos, até o chamado cerrado lenhoso, composto por densas florestas de galeria.
A maior parte do território do cerrado é coberta por campos, onde se encontram gramíneas, arbustos e algumas árvores. Dependendo da formação do relevo e da composição do solo, podem ser classificados entre campo de cerrado e campo limpo.
As maiores árvores do cerrado chegam a cerca de 15 metros de altura, com estruturas irregulares e retorcidas. Acima dos 25 metros, é possível encontrar algumas árvores nas áreas de mata ciliar. Chapadas arenosas e campos rupestres do interior do Brasil podem apresentar ainda cactos, bromélias e orquídeas.
Desmatamento do cerrado
O cerrado é um dos biomas mais atingidos pelo desmatamento e pela ação humana no Brasil. Desde a década de 1970, com o avanço do agronegócio, vastas áreas de cerrado vêm sendo destruídas para dar lugar às plantações, principalmente, de soja.
Para alguns estudiosos, a extinção do cerrado já é irreversível, podendo chegar a seu fim já próximo do ano de 2030, se for mantido o ritmo de desmatamento do bioma. Essa previsão é muito preocupante, uma vez que o desaparecimento do cerrado significaria um forte comprometimento no abastecimento de água em todo o Brasil. Isso porque o bioma abriga aquíferos e mananciais que abastecem todas as grandes bacias brasileiras.
Com grande biodiversidade e importância na ecologia brasileira, o cerrado é sem dúvidas um dos biomas mais ricos do mundo. Entretanto, no atual ritmo de destruição do mesmo, é fundamental investir em políticas de conservação da fauna e da flora presentes na região.
Fonte: Stoodi