A Igreja de Nossa Senhora do Carmo é um templo católico localizado na cidade de Pirenópolis, no estado brasileiro de Goiás. É um dos marcos da fundação da cidade, tendo sido construída em arquitetura de terra entre 1750 e 1754, próximo às margens do Rio das Almas, em cujas águas Manuel Rodrigues Tomar descobriu as minas de ouro que impulsionariam a colonização da região em 1727. Sua fachada, de grande simplicidade, compacta e de volumetria incomum da arquitetura colonial brasileira, esconde a decoração barroca-rococó dos altares do interior, com rica talha com uma delicada interpretação do rococó, especialmente nos altares do cruzeiro e na capela-mor, onde se expõe ainda significativa estatuária sacra.
Possui um bloco central no esquema tradicional de porta em arco ao térreo e duas aberturas retangulares com grades acima, sob um frontão triangular, e dois blocos laterais que surpreendem por não constituírem os esperados campanários tradicionais, sendo repetições em ponto menor do bloco central, mas com apenas uma abertura superior. O esquema do edifício é tornado aparente por divisões demarcadas entre as áreas de reboco liso. Cada bloco tem uma cobertura de telhado em duas águas.
Histórico
A igreja foi construída entre 1750 e 1754 por Luciano da Costa Teixeira e seu genro Antônio Rodrigues Frota, que teve seu nome perpetuado no Morro do Frota. Segundo a tradição, foi o terceiro prédio religioso a ser construído em Pirenópolis. Se localiza no Bairro do Carmo, que recebeu seu nome em homenagem à construção, logo após a Ponte de Madeira, que marca a divisa do bairro com o Centro Histórico. O edifício abriga atualmente, além da igreja, um museu de arte sacra.
Interior
A nave é única e as paredes são desprovidas de adornos. O piso é de madeira e tem níveis. Acima da entrada existe um coro de madeira, acessível a partir da nave por uma porta a oeste, e na parede lateral da nave sobressaem um púlpito, destinado aos pregadores.
Após o arco-cruzeiro está a capela-mor. Ela possui piso de madeira e forro com as mesmas características dos da nave, além de duas janelas altas.
Ao fundo da capela-mor, atrás do atual altar, há um retábulo barroco com detalhes rococós. Assim como os retábulos dos altares laterais, o da capela-mor é datado da metade XVIII.
Ao centro do retábulo há um fundo nicho central em um dossel arrematado por frontão e volutas laterais, que é dedicado à imagem da padroeira, entronizada sobre um pedestal formado por quatro lanços superpostos com forma arretada. O altar possui ao centro e peanhas laterais para estatuária; cada uma, entre um par de colunas apoiadas sobre mísulas trabalhadas.
A igreja foi restaurada em outubro de 2008, sendo reinaugurada em 2009.
Fonte: Pirenópolis