A região do Vale do Rio Claro fica localizada dentro da Chapada dos Guimarães no Mato Grosso. A reserva fica há cerca de 1 hora do centro de Cuiabá e é repleta de belezas naturais, com uma biodiversidade típica do Cerrado. Sem sombra de dúvidas, lá eu fiz uma das melhores trilhas de toda a minha vida, sem exageros. As paisagens são de tirar o fôlego, os poços são maravilhosos com água cristalina e cheios de peixinhos, parecem aquários naturais.
No Vale do Rio Claro, você encontra 3 trilhas principais que te levam para as seguintes atrações: Poço Verde, Poço das antas e a Crista do Galo. Ao todo são cerca de 15km de trilha a pé e a duração varia e acordo com o tempo que você irá gastar em cada parada, mas, geralmente, as pessoas levam em torno de 4-6 horas. Se você não estiver afim de encarar uma trilha tão grande, você pode optar por fazer o passeio de carro e pegar trilhas bem menores, apenas nos lugares que os carros não chegam.
Muitos turistas não conhecem a trilha do Vale do Rio Claro, isso porque, infelizmente, o turismo no estado não é bem explorado. Não existe um planejamento específico para o ecoturismo na região, o que é uma pena e por isso, ela acaba sendo mais conhecida pela própria população de Cuiabá. Mas se você também curte natureza e quer explorar as belezas da Chapada dos Guimarães.
COMO CHEGAR?
O início da trilha e ponto de encontro com o nosso super guia o Júlio, foi em um portão de entrada do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães que fica beirando a rodovia Manuel Pinheiro do lado esquerdo (vindo de Cuiabá), é preciso ficar bem atento. Chegamos nela depois de uns 25 min de carro saindo do centro de Cuiabá.
Nós fomos em um grupo de 6 pessoas e na entrada principal, deixamos o carro e o nosso guia nos passou uma série de instruções e regrinhas básicas para fazermos a trilha sem muitos problemas. Ele nos deu bastante flexibilidade para escolhermos quais a ordem das nossas paradas e optamos pela seguinte opção: Poço Verde, Crista do Galo e Poço das antas. E por volta de 10 horas começamos a trilha.
COMO FAZER A TRILHA?
Essa portão de entrada do parque fica trancado e só pode ser aberto por um guia autorizado e credenciado junto ao Ministério do Turismo e junto ao Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Por isso, é necessário um agendamento prévio no qual o grupo tem que enviar os seguintes dados: nome completo, CPF, data de nascimento e e-mail. Essa restrição acontece para que a região não seja depredada e para que haja um controle dos grupos que estão circulando pelo parque.
Para que o nosso querido guia Júlio nos acompanhasse, fechamos um valor de R$ 50,00 por pessoa. Ah! O Júlio nos disse que tínha de precisava devolver as chaves na cachoeira do Véu da Noiva até no máximo 17:00, então o nosso prazo para retornar ao portão de entrada era até 16:30.
O POÇO VERDE
A nossa primeira parada foi no Poço Verde para descermos o rio e darmos aquele mergulho delícia. Fomos num ritmo bom e levamos cerca de 1:15 min até o poço. Ms devo confessar que dá vontade de parar a cada 1 minuto para tirarmos fotos e apreciarmos a natureza.
Ah! Do lado do Poço Verde, tem uma piscina natural chamada Poço Encantado, um pouco maior e bem mais fundo para nadar.
A CRISTA DO GALO
A nossa segunda parada foi na Crista do Galo, um pico que nos permite ter uma visão 360º da Chapada dos Guimarães e ver seus paredões. A paisagem é apenas sensacional de se contemplar. Para chegar até o topo, você precisa fazer uma trilha bem tranquila, com uma inclinação leve que vai durar no máximo 10 minutinhos. E olha o visual que você irá encontrar!
O POÇO DAS ANTAS
Depois da Crista do Galo, seguimos por cerca de 20 minutos a pé para a trilha para o Poço das Antas para mais um pit stop para flutuação. Por ser muito próxima a nascente, lá a água é cristalina e o nosso super guia Júlio disse até que podíamos reabastecer o nosso estoque de água sem nenhum problema. O lugar também é ótimo para fazer um lanchinho.
Como nós chegamos no Poço das Antas por volta das 14:30, nós tivemos que acelerar um pouco as coisas porque precisávamos estar no estacionamento até 16:30. O caminho de volta para o portão de entrada levou cerca de 1:15 e chegamos com tranquilidade ao fim da nossa trilha.
DICAS PARA A TRILHA
1. Vá de tênis e leve o chinelo na mochila, pois tem muitas partes da trilha que você precisa colocar os pés da água e ir com o tênis molhado vai dificultar um pouco a sua caminhada;
2. São muitas horas de trilha, por isso leve bastante água e comida para reabastecer as energias;
3. Protetor solar e repelente são essenciais. A trilha é cheia de mosquitinhos e o sol pode castigar a sua pele.
4. Cuidado com os galhos de árvores que beiram a trilha, eles são cheios de casulos de vespas e abelhas.
5. Se você for fazer a trilha a pé, tente evitar o período das secas que vão de maio a agosto, pois o solo fica bem seco e você terá que fazer grandes caminhadas em areia fofa.
Fonte: Prefiro Viajar