Inaugurado oficialmente em 27 de outubro de 1951, o Museu das Culturas Dom Bosco — antes chamado de Museu Dom Bosco — é um espaço rico de cultura e de conhecimento. Idealizado pela Missão Salesiana de Mato Grosso, tem o objetivo de promover educação, desenvolvimento e o lazer de adultos, jovens e crianças.
Ao longo dos anos, formou um variado acervo graças ao trabalho e dedicação de salesianos, como: Félix Zavataro, Cesar Albisetti, Ângelo Jaime Venturelli, João Falco e, mais recentemente, de leigos, como Emília Kashimoto na área de Arqueologia, Aivone Carvalho na área de Etnologia e Liane Calarge na área de Mineralogia e Paleontologia.
Nestas mais de seis décadas, o Museu passou por diversas transformações, desde espaço físico até a construção de seu acervo. Na gestão do filólogo Angelo Jaime Venturelli, a coleção etnográfica teve um considerável enriquecimento. Para se ter uma ideia, a coleção bororo é a maior e mais completa do mundo.
Já durante a gestão do padre Falco foram realizadas algumas intervenções no espaço físico criando condições para melhor expor o acervo já existente e todo o material que conseguia adquirir. Seu maior interesse sempre foi pelas Ciências Naturais, fato que o levou a formar, organizar e ampliar os acervos de Mineralogia, Paleontologia e Zoologia.
Ao conhecer os diversos espaços, o visitante pode conhecer a coleção Arqueológica do Museu, inaugurada em 1980. Ela iniciou com alguns objetos e abriga atualmente testemunhos da cultura material de povos da pré-história que representam os períodos arcaico e formativo. São aproximadamente 215 objetos expostos. Além desses, mais de onze mil estão conservados em reserva técnica para o acesso de pesquisadores.
Na coleção Etnologia, o museu abriga uma rica viagem na história do Brasil ao representar a cultura indígena e seus costumes. Pela sua extensa coleção de objetos, o Museu das Culturas Dom Bosco também ficou conhecido pela população sul-mato-grossense como Museu do Índio. Vale ressaltar que o Estado de Mato Grosso do Sul possui hoje uma população indígena estimada em 63 mil pessoas, na qual se destacam os Kaiowá e Guarani, os Terena, os Kadiwéu, os Guató e os Ofaié.
Na seção de Mineralogia, o acervo é muito diversificado, constituído desde os minerais mais comuns como o quartzo e a pirita, até os mais raros, a exemplo da cornetita e a eudialita. A seção de Paleontologia contém 2.519 exemplares de fósseis do Brasil, da Itália, Estados Unidos e Inglaterra. Além disso, expõe uma coleção de peixes fósseis. E na seção de Zoologia encontra-se dividida em duas grandes subseções, Invertebrados e Vertebrados, com um acervo de aproximadamente 30 mil espécimes vindas de diversas partes do Brasil e do mundo.
O Museu das Culturas Dom Bosco possui exposições de longa duração e temporárias. Além disso, promove atividades como palestras, seminários e oficinas culturais. Vale a pena a visita!
Fonte: Conhecendo Museus