Campo Novo do Parecis fica em uma região privilegiada de Mato Grosso, de transição entre o cerrado e a floresta. Com vários rios de águas caudalosas de cor verde-esmeralda e inúmeras corredeiras, a Chapada dos Parecis tornou-se o destino perfeito para o ecoturismo. Mas a surpresa não acaba aí.
A maioria dos atrativos se encontram no Território Indígena da etnia Haliti-Pareci. Ao todo são 14 aldeias, onde 7 delas trabalham com o turismo. Todas estão localizadas às margens de belos rios, como o rio Verde, Papagaio, Ponte de Pedra e Sacre. O rio Sacre nasce e morre no Território Indígena Pareci, e por esse motivo, é o rio mais limpo da região - suas águas são cristalinas e esverdeadas, não é a toa que dizem que parece o caribe de Mato Grosso.
Assim, aqueles que querem uma vivência única em Mato Grosso, com direito a conhecer inclusive a cultura indígena, a Chapada dos Parecis é o roteiro perfeito.
Importante: É crime entrar em território indígena sem autorização dos indígenas e da Funai. Por isso, entre com contato com os responsáveis de cada aldeia ou agências locais de turismo, para agendar a visitação. Evite problemas.
Aldeia Turística Wazare em Campo Novo dos Parecis | Foto: @josemedeirosfotografo |
A aldeia está localizada às margens do Rio Verde, um dos belos rios de águas esverdeadas de Campo Novo. No entanto, diferente de todas as demais, o destaque na Aldeia Wazare - liderada pelo Cacique Rony Pareci - é a expressividade da cultura indígena.
O nome da aldeia é em homenagem ao grande líder mítico do passado, que ensinou todo o conceito de vida para o povo Haliti-Pareci, e que até hoje é cultivado e vivenciado cotidianamente por todos membros da comunidade.
Com foco no turismo de experiência através das vivências, o visitante é convidado a conhecer os diferentes códigos existentes na cultura Pareci. Você aprende desde o significado de um cumprimento de mão entre homens e mulheres, até as histórias sobre os grandes heróis Haliti-Pareci. Caso queira, pode até aprender um pouco da língua.
O Cacique Rony explica que a vivência oferecida é uma experiência inserida no contexto sócio-cultural contemporâneo dos povos indígenas, onde se compreende o que é Ser Indígena no Brasil de hoje. Além disso, diz o cacique:
A vivência é um chamado ao encontro da felicidade através das coisas simples da vida. Existem pessoas que procuram a felicidade em acúmulo de bens materiais e financeiros, e que esquece que o maior prazer e felicidade está na simplicidade. É o que a comunidade indígena vive, por isso estamos sempre felizes.
Para oportunizar esse encontro à todos, a Aldeia Wazare oferece 5 tipos de roteiro. Você pode escolher de uma simples visitação até a vivência completa, que inclui um dia e uma pernoite em casa tradicional, com alimentação, atividades culturais e de lazer, rituais de fortalecimento espiritual e casamento. Lembrando que para pernoite, é preciso levar rede, cobertor e objetos de uso pessoal.
Atualmente, a Aldeia Wazare é destaque nacional na implementação do turismo cultural indígena, divulgando a cultura Haliti-pareci para o mundo, e desse modo, reduzindo o preconceito étnico. O Mapa do Mato fica muito feliz em poder contribuir nessa missão.
Horário de Funcionamento: Somente com agendamento prévio, com no mínimo 15 dias de antecedência.
Quanto custa: Cada roteiro de vivência possui um valor. O day use custa R$40 por pessoa, não está incluso nem alimentação nem as atividades culturais. Para o Acampamento, sem alimentação, R$80 por pessoa. Day use completo com alimentação e atividades culturais e de lazer, R$155 por pessoa. Para vivência completa (com pernoite em casa tradicional, alimentação, atividades culturais e de lazer, e rituais), R$255 por pessoa.
Fonte: Mapa do Mato