O Serviço Especial de Vizinhança foi um sistema de transporte público lançado em 1981 com o objetivo de ligar as vias internas da Asa Sul, Asa Norte (W1 e L1) e Lago Sul aos locais de trabalho da Esplanada dos Ministérios e setores de Autarquias, Comerciais e Bancários. Iniciativa do governador Aimé Lamaison e do secretário de Serviços Públicos, José Geraldo Maciel, seu lançamento contou com uma campanha para que o brasiliense deixasse o carro em casa e utilizasse o transporte público para ir ao trabalho. A escolha do nome do novo ônibus também se originou de um concurso popular. A designação vencedora foi “Zebrinha”, pois os veículos traziam listras brancas e vermelhas na lataria.
E a ideia deu certo. Durante as décadas de 80 e 90, as Zebrinhas foram bastante utilizadas, apesar de sua tarifa ser quase o dobro dos ônibus convencionais. Essa diferença no preço e a limitação dos trajetos ao Plano Piloto davam ao transporte um ar de sofisticação. Era comum na época dizer que andar de Zebrinha era “coisa de rico”.
Além da tarifa, as Zebrinhas também se diferenciavam por não ter cobrador (o motorista recebia o dinheiro das passagens) e não funcionar aos sábados, domingos e feriados.
Anúncio de lançamento do Serviço Especial de Vizinhança em 1981.
Nos anos 2000, o serviço quase acabou por pressão das empresas de ônibus. Mas ele resistiu e continua até hoje, agora abrangendo Cruzeiro e Octogonal, mas sem passar por dentro das entrequadras. O charme e o glamour dos tempos passados, no entanto, não existe mais.
Fonte: Histórias de Brasília