Ao mesmo tempo em que a seca
chega ao seu auge, trazendo baixos índices de umidade relativa do ar, a época
também acrescenta nova cor a Brasília. Até outubro, as vias e alamedas da
capital ganham a floração amarela dos ipês. Se por um lado, andar no sol escaldante
é um incômodo, por outro, a recompensa de presenciar paisagem única vale a
pena. Quem passa por perto não resiste, e logo aproveita para fotografar os
ipês-amarelos se pronunciando diante dos cartões postais brasilienses.
A florada dos ipês não começou
exatamente este mês. Em junho e julho, já foi possível ver a cidade mais bonita
com a floração roxa das outras espécies. Por aqui, segundo dados da Companhia
Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), existem mais de 700 mil ipês
plantados que variam entre o roxo, amarelo, branco e até mesmo verde, este, por
ser raro, é pouco conhecido. Cada um tem o seu tempo para embelezar a capital
do país (confira no calendário).
Nativo do Cerrado, o Ipê pode ser
encontrado em várias regiões do país. A árvore, que pode atingir de 8 a 20
metros de altura, se adapta bem a ambientes secos. Por isso, aqui no Distrito
Federal, ela se ambientou bem com a seca e se tornou um símbolo para os
brasilienses. De norte a sul do Eixão, em quadras residenciais e ao longo da
Esplanada é possível ver um pouco do amarelo trazido pela espécie nas copas e
nos gramados.
No DF, existem quatro tipos do
amarelo. As floradas podem variar de uma a duas semanas a depender do clima e
da espécie, segundo o especialista em botânica e professor do curso de ciências
biológicas da Universidade Católica de Brasília (UCB) Luciano Coelho. “Aqui são
pelo menos nove. Tem algumas que vão dar flores em poucos dias e logo se vão.
Isso varia com cada indivíduo (árvore) e a quantidade de recursos, nutrientes,
dentre outros fatores”, explica.
Fonte: Correio Braziliense